domingo, 4 de setembro de 2016

A lição de coragem de Yohann Diniz

Yohann Diniz na prova de 50 km do Rio 2016.
Foto: Bryn Lennon/Getty Images
Montagem: O Marchador
O francês Yohann Diniz, que depois dos terríveis problemas intestinais que sofreu na prova dos 50 km dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, deixando-o semiconsciente, está recomposto e prepara-se para novas etapas da sua carreira desportiva, que passarão por realizar provas onde nunca antes havia estado.

O tricampeão europeu e recordista mundial dos 50 km marcha não tem tido a sorte em Jogos Olímpicos. Nos primeiros em que participou, em 2008 (Pequim), desistiu. Em 2012 (Londres) foi desclassificado por ter recolhido o abastecimento fora da área indicada para o efeito.

Nestes Jogos do Rio de Janeiro, quando tudo parecia indicar querer indiciar que aplicaria a mesma receita dos europeus de Zurique, isolando-se no comando relativamente cedo, passou por um autêntico calvário, quando a temperatura rondava os 25 graus centígrados e a humidade cerca de 80%. Incentivado e aplaudido pelo público, a cada passagem, ainda assim, e de forma heroica, o seu esforço e perseverança valer-lhe-iam o oitavo lugar, o que não deixa de constituir, neste contexto, um excelente resultado.

À Agência France-Presse o atleta, neto de portugueses, declarou que quer agora divertir-se, planeando realizar cinco ou seis competições de 20 km e percorrer o mundo inteiro, tomando parte nas provas integradas no challenge mundial de marcha da IAAF. No início de dezembro, os campeonatos da Austrália, depois o México, a seguir o Japão...

Para Diniz, agora com 38 anos de idade, os mundiais de Londres, em 2017, assumem-se como o seu próximo grande desafio. Presentemente, prepara-se para participar, pela primeira vez, na quarta edição da Volta ao Lago Taihu, na China (Wuzhong), este mês, uma competição constituída por quatro etapas, e que junta, além dos melhores marchadores mundiais, perto de 40.000 participantes em provas de caminhada.